A agulha passa por vários estágios de sofrimento até aprender sua função:
o forno abrasador da metalúrgica,
o frio intenso da água em que é temperada,
o peso esmagador da prensa que faz atingir sua forma ideal.
A partir daí, precisar estar
sempre dura,
brilhante,
e afiada.
Depois de todo este aprendizado,
ela encontra sua razão de viver: a linha.
E faz o possivel para ajudá-la:
enfrenta os tecidos mais resistentes,
abre os buracos nos locais certo.
Mas, quando termina seu trabalho,
a misteriosa mão da costureira
torna a colocá-la em uma caixa escura:
depois de tanto esforço,
sua recompensa
é a solidão.
Com a linham entretanto, a história é diferente:
a partir deste momento, passa a ir a todos os bailes e festas.
Machado de Assis
3 comentários:
Woe, è bellissimo! Complimenti
Por isso que eu falo que você escreve poesia com agulha e linhas!
Un bello costurero.
Un beso
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